segunda-feira, 29 de junho de 2020

Como a Psicologia veio a se transformar em uma ciência?

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Assim como as demais áreas do conhecimento que derivaram-se da Filosofia enquanto centralizadora das questões universais, as ideias ligadas à Psicologia passaram por um longo caminho de amadurecimento, evolução e compreensão para serem consideradas científicas. 

Essa evolução ocorreu no sentido de seguir critérios e procedimentos metodológicos que vinham sendo construídos e definidos pelo Positivismo Cartesiano.

Seguindo este preceito, a Psicologia, na esteira dos modelos biológicos e materialistas consagrados como científicos pelo rigor e objetividade metodológicos seguidos, se concentrou em criar métodos experimentais para o estudo da psique humana. 

Essa Psicologia experimental/laboratorial produziu um modelo mecanicista da mente que entendia que toda atividade mental resultava de processos neurofisiológicos, ou seja, a existência de correlações entre a atividade mental e a estrutura do cérebro (CAPRA, 2006).

A partir da sistematização desses estudos, foram sendo acumulados conhecimentos sobre o comportamento humano, teorias sobre a aprendizagem, reações a estímulos externos, estruturas natas e inatas da mente, consciência, distúrbios etc. 

O aprofundamento das pesquisas da Psicologia nessas mais variadas áreas fez surgir as especializações exemplificadas na Psicologia da Educação, Psicologia do Trabalho, Psicologia do Desenvolvimento, Psicologia da Aprendizagem...

Analisando os diferentes olhares da Psicologia sobre os processos mentais, observamos que todos concentram-se no entendimento do ser humano e suas formas de pensar e agir. 

Concluímos, portanto, que a Psicologia se preocupa de diferentes formas, com a compreensão do homem em interação (consigo mesmo e com o meio externo e seus semelhantes).

A interação 'consigo mesmo' pode ser entendida pelas questões psíquicas (sentimentos e expectativas) que, em alguma medida, estão sempre relacionados com o meio e as outras pessoas. Disso inferimos que, seguindo uma raciocínio psicológico, o ser humano não pode ser entendido isolado da sociedade da qual faz parte.

Toda experiência humana existe em relação ao convívio social e nossas emoções, opiniões, desejos são forjados em contato com o mundo à nossa volta. Isso nos põe numa situação de seres mediatizados pelas condições sociais de vida, mas com um potencial nato de produtor de mudanças de comportamento e ação em sociedade.

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